segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Nosso querido Palmeiras

O Palmeiras é o time mais querido do futebol brasileiro há algum tempo. Adversários deveriam torcer para encarar o alviverde quando precisam poupar titulares, estão enfrentando alguma crise ou precisam desesperadamente pontuar no campeonato. Times trocando de técnico ou eliminados de campeonatos mais importantes sempre têm nos duelos frente ao Palmeiras a chance de se reabilitarem.

A mais clara destas demonstrações de companheirismo em 2011 foi no campeonato Paulista, justamente contra o arquirrival Corinthians. Recém eliminado da pré-Libertadores pelo Tolima, o futuro time do Itaquerão tinha o alviverde pela frente para tentar acalmar os torcedores que foram apredrejar o ônibus no centro de treinamento do clube. O Palmeiras vinha bem na época, liderava o campeonato e todos acreditavam que era a chance de fechar de vez o caixão do rival até mesmo com uma goleada. A torcida do Palmeiras, mandante da partida, lotou o Pacaembu para ver uma atuação muita boa do time, uma atuação magistral de Julio César, e uma inesperada derrota de 1x0, gol já no final da partida. E o Palmeiras dava de presente um fim de crise para o rival.

Não preciso mudar muitas palavras no parágrafo anterior para falar sobre o jogo de ontem contra o Vasco. O Palmeiras pareceu ter aprendido com os erros da última quinta-feira contra o mesmo adversário e no mesmo local e jogou como se estivesse em casa. Criou chances, dominou o adversário, afastou todas as bolas altas, terror da derrota anterior, e deu aquela sensação maldita pra sua torcida de "agora vai...". Só que ao passo que a defesa mostrou-se diferente do que apresentou no meio de semana, o ataque reformulado conseguiu piorar. Os gols perdidos foram tantos quanto as chances criadas. O Vasco que está numa ótima fase desde o título da Copa do Brasil aproveitou para marcar de falta no final e levar os 3 pontos pra tabela. O time carioca não jogou bem, não merecia vencer, não criou chances pra isso, mas... graças a Deus tinha o querido Palmeiras para salvar o dia.

Os comentários após a partida começam a ficar comuns nas mesas redondas ultimamente. Kléber enfrenta um jejum que já começa a irritar até quem não o criticou durante a novela de sua possível ida para o Flamengo. Dinei e Maikon Leite parecem jogar pra perder a posição a cada rodada e Felipão já dá sinais de que a paciência esta se esgotando e que não há mais o que fazer. E não há mesmo. Ou aparece algum centroavante capaz de colocar a bola dentro do gol ou o Felipão vai conseguir ficar mais careca que o Marcos.

O Palmeiras está naquela fase mais temida pelos torcedores. A do "não fede nem cheira". O time parece caminhar calmamente pro meio da tabela, onde não trará emoção alguma para seu torcedor. Invejará os times brigando no topo de cima e se vangloriará de não estar tentando sair da ponta de baixo. E se tudo se manter da mesma forma, no fim não vai conseguir nem dar ao seu torcedor aquela "alegria" de escapar do rebaixamento na última rodada.

Não vou falar por toda a torcida do Palmeiras, mas eu já estou sentindo o mesmo que uma criança que espera ansiosamente um Natal repleto de brinquedos mas ganha um par de meias, digo, uma vaga na Sulamericana.

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