Rafael Ribeiro/CBF
Aos 5 do primeiro tempo, Oscar foi, em cobrança de falta, alçar uma bola na área. Brasil 1x0. Aos 6 do segundo tempo da prorrogação, foi cruzar para os atacantes que fechavam esperando o jogo aéreo. Brasil 3x2. Seleção brasileira campeã mundial sub-20, obtendo assim um pentacampeonato que iguala o time principal (os outros títulos vieram em 1983, 1985, 1993 e 2003).
Os gols meio ao acaso de Oscar - além desses, houve o segundo, aí sim intencional, em boa jogada do cruzeirense Dudu - deram justiça ao jogo e ao Mundial como um todo. Embora Portugal tenha mostrado um belo futebol, e uma atuação irrepreensível na decisão, a taça ficou em melhores mãos com os brasileiros.
O time de Ney Franco mostrou virtudes em meio-campo, defesa e ataque. E também no gol - aliás, seria uma baita injustiça se a seleção perdesse o troféu por conta do segundo gol português, uma falha feia do goleiro Gabriel, que fez um bom Mundial e não mereceria ser crucificado pelo lance. Talvez quem tenha brilhado menos do que o esperado foi Philippe Coutinho, estrela da Internazionale e que até já esteve na seleção principal em algumas ocasiões.
O centroavante Henrique foi coroado como artilheiro e melhor jogador do campeonato. Honrarias justas - e que dão uma dor de cabeça adicional à torcida do São Paulo, já que o atleta tem declarado que não quer voltar ao Morumbi.
O chato de tudo isso é que Ney Franco não comandará o time olímpico no ano que vem, cuja base deve certamente derivar da equipe campeã mundial. Será Mano Menezes o técnico. Em tempos em que o gaúcho está mais do que contestado, dar a ele a chefia de uma equipe (muito) bem montada por outro treinador não parece ser uma decisão das mais sábias.
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