quinta-feira, 25 de julho de 2013

Atlético campeão da Libertadores: números, fatos e outros dados irrelevantes

O Atlético-MG ganhou a Libertadores, acabou com a fama de "monotítulo" e jogará, no fim do ano, o Mundial de Clubes. Aí vão alguns dados/fatos/curiosidades ligados à conquista do alvinegro:

- com o título do Galo, Belo Horizonte passa o Rio de Janeiro e passa a ser, ao lado de Santos, a terceira cidade brasileira com mais troféus da Libertadores, com três taças (as outras duas são do Cruzeiro). São Paulo, com cinco (três do São Paulo, uma do Palmeiras e uma do Corinthians) encabeça a lista, seguida de Porto Alegre (quatro, com cada um da dupla Gre-Nal levantando duas). O Rio, reforçando, tem apenas duas - uma do Vasco e a outra do Flamengo. Nenhuma outra cidade brasileira tem um clube campeão da Libertadores (ah, São Caetano...).

- essa foi muito falada ontem durante a transmissão, mas vale o registro: ao perder o título mesmo tendo vencido o jogo de ida por dois gols de diferença, o Olimpia repete um "feito" que o próprio clube estabeleceu em 1989, quando viu a taça escapar de forma semelhante. Foram as duas únicas ocasiões em que isso ocorreu.

- a final de ontem foi apenas a segunda decisão entre brasileiros e paraguaios. A outra foi em 2002, quando o Olimpia venceu o São Caetano.

- o Brasil conquistou, com o Atlético, seu quarto título seguido na competição (Inter/10, Santos/11, Corinthians/12, só pra lembrar). Embora não tenha sido a primeira vez que uma sequência de quatro taças tenha sido alcançada, a atual é a primeira com quatro clubes diferentes - a Argentina enfileirou quatro troféus entre 1967 e 1970, mas os três últimos foram conquistados pela mesma equipe, o Estudiantes, e outros quatro entre 1972 e 1975, todos com o Independiente.

- aliás, a combinação quatro-times-diferentes-seguidos-do-mesmo-país é única no mundo, se considerarmos as principais competições interclubes de todos os continentes.

- como curiosidade, vale lembrar que a Inglaterra tem uma sequência também única de seis títulos consecutivos na Champions League, embora sem a mesma diversidade de times: Liverpool 77 e 78, Nottingham Forest 79 e 80, Liverpool 81 e Aston Villa 82.

- ainda no tema "sequências", os três títulos alvinegros consecutivos na Libertadores (Santos, Corinthians e Atlético) constituem também uma inédita no torneio - descontando-se, claro, as séries conquistadas por um só time.

- pra fechar o tema, mais uma série histórica: os quatro títulos brasileiros da sequência atual foram conquistados por técnicos que jamais haviam vencido a competição (Celso Roth, Muricy, Tite e Cuca).

- Ronaldinho Gaúcho é o primeiro campeão da Libertadores que já foi agraciado com o título de melhor do mundo da FIFA. Cabe registrar que são poucos os detentores da honraria que já jogaram o principal torneio sul-americano. Breve retrospectiva: Romário caiu com o Vasco nas quartas em 2001; Ronaldo perdeu, com o Cruzeiro, para o Unión Española em 1994 e, com o Corinthians, para o Tolima em 2010; Rivaldo esteve no Palmeiras derrotado para o Grêmio em 1995 e no Cruzeiro que perdeu para o Deportivo Cali em 2004. Messi e Kaká, os outros dois sul-americanos eleitos melhores do mundo, não disputaram nenhuma edição da Libertadores.

- também sobre Ronaldinho, ele entrou para um seletíssimo grupo de jogadores que já foram campeões de Libertadores, Champions League e Copa do Mundo, ao lado de Cafu, Dida e Roque Júnior.

E vai aí um quadro de medalhas referente ao desempenho dos times brasileiros na história da Libertadores. Adotei o critério-judô na hora de definir as medalhas de bronze - ou seja, todos que chegaram à semifinal vão para o pódio. O método é necessário porque não há, na Libertadores, disputa de terceiro lugar; além disso, o torneio historicamente teve regulamentos diferentes, em que nem todos os times disputavam os mesmos números de jogos. Mais fácil (e até mesmo preciso) deixar assim mesmo.