quinta-feira, 1 de setembro de 2011

"Até eu"? Não, não

O primeiro post (pra valer) do Escanteio Curto foi sobre o centroavante André, revelado pelo Santos e que hoje está no Atlético-MG. Debateu-se a volta de André ao futebol nacional, que deveria ser uma redenção ao atleta, queimado após fiasco em dois times da Europa. Na ocasião, ressaltei que a decadência de André foi prevista por muitos, já que, na visão destes, ele não tinha muitos méritos por jogar ao lado de Robinho, Neymar e Ganso, que o serviriam ótimas bolas.

Eis que o momento atual do Santos tem consagrado um centroavante. Borges, que veio do Grêmio e que ontem foi a peça-chave para que o Peixe buscasse um épico empate contra o Internacional, após estar perdendo por 3x0 até mais da metade do segundo tempo. Borges fez dois gols (um deles magistral) e participou do outro. É o artilheiro do Brasileirão até o presente momento.

Desde que a base do atual Santos foi montada, Borges é o quarto homem a vestir a camisa 9. O antecederam André, Keirrison e Zé Eduardo. Sobre André já falamos. Keirrison foi pífio, como todos sabem. E Zé Eduardo, embora tenha até mostrado qualidade em alguns jogos, deu raiva na torcida santista durante a Libertadores.

De modo que Borges e seu momento atual mostram que o "assim até eu", tão apregoado para desprezar os méritos de André, não é procedente. Borges tem sido decisivo, letal, fundamental para que o Santos mostre algumas fagulhas de bom futebol no campeonato. E não apenas como "homem que empurra pra dentro". Desempenha com qualidade uma importante função tática e acaba liberando mais espaço para Neymar - o sobrecarregamento do menino durante a Libertadores foi assustador.

O Santos segue mal na tabela e, olhando na frieza dos números, escapar do rebaixamento é uma meta mais tangível do que qualquer outra. Mas não dá para negar que há uma certa aura de "boa fase" na Vila - são quatro jogos de invencibilidade.

2 comentários:

Eduardo Maretti disse...

André e Borges são muito bons jogadores. Quando eu via o Zé Eduardo na campanha da Libertadores a saudade do menino André batia - hehe. Fez muita falta e só com Borges a posição voltou a ter um matador inteligente.

Acho que o Santos não corre risco de rebaixamento. Dos 57 pontos que tem a disputar, precisa ganhar apenas os mesmos pífios 23 que ganhou no primeiro turno (ou 40%). Com 46, beleza (ano passado o Vitória caiu em 17° com 42 pontos).

Após o Paulista e o tri da Libertadores eu achava que não ia rolar mesmo o Brasileiro. Tá bom demais. Oito títulos desde 2002. É um cartel de monta...

Fabricio disse...

Aí que está Olavo. Você não vê claramente o Borges melhor que o Zé Eduardo ou o André?

Tirando o jogo contra o Fluminense ano passado no rio, que outro o Zé Eduardo foi decisivo? Lembro dele apenas fazendo um dentre 3 ou 4 gols santistas. Lembro muito mais dele perdendo gols incríveis, como na Libertadores deste ano.

Em tempo: sempre Borges e Dagoberto: jogadores tricolores que SEMPRE quis no Palmeiras.