sábado, 3 de setembro de 2011

Grande vitória, esperada derrota, e a vida segue...

Olá caros leitores. Desculpe pelo atraso deste viajante, porém fiel, palmeirense.

Há uma semana praticamente o Palmeiras conseguia fazer o que espero não ser o máximo que conseguirá neste campeonato: bater o maior rival. Por mais que as oscilações dos times na parte de cima da tabela causem alguma injeção de ânimo nas torcidas pelo Brasil (ou seria pelo eixo Rio-São Paulo?), a torcida do Palmeiras ainda vê seu time ir caindo de posições, mesmo que numa velocidade pouco acelerada.

Sobre o jogo, percebi certa unanimidade nos comentários de mesas circulares por aí dado a clareza com que se pode analisá-lo. O Corinthians entrou tocando bem e rapidamente a bola, envolvendo facilmente o time do Palmeiras, e com isso conseguia criar algumas chances que paravam em Marcos ou na sólida defesa alvi-verde. Já o Palmeiras conseguiu chegar apenas depois de algum tempo de jogo, mas com a chance mais clara, em uma cabeçada de Kléber. O jogo seguiu neste ritmo até que, numa tentativa de cruzamento de Emerson, Henrique não alcançou, Marcos falhou (enganado ou não, falhou, como o próprio reconheceu) e o Corinthians abriu o placar.

Isso foi o que o Palmeiras precisava para começar a apresentar algum futebol. E por sinal foi dos melhores que conseguiu neste campeonato. Já o Corinthians, parou. O time se tornou apático e foi facilmente envolvido pelo rival. Felipão viu na entrada de Fernandão a referência que o ataque precisava pra chegar aos gols. A mudança deu certo e, com o estreante na área, Kléber e Luan ganharam mais espaços para preparar as jogadas. As chances foram sendo criadas e, numa cobrança de escanteio, Júlio César falhou (o próprio não reconheceu, como de costume) e Luan empatou a peleja.

Na volta pro segundo tempo, nada mudou. O Palmeiras tocava a bola como queria e o Corinthians continuava numa apatia de matar até os menos fanáticos torcedores. Não demorou para Marcos Assunção realizar um belo lançamento pro herói e estreante do dia Fernandão matar no peito e marcar um golaço digno de Magrão, Obina, e outros atacantes que até então são apenas lembrados por terem sido o herói do derby alguma vez na vida - tomara que o atual não fique apenas nisso.

Nem mesmo após o gol o Corinthians esboçou alguma grande mudança de comportamento. O Palmeiras até tentava aumentar a vantagem mas era mais preocupado em manter o placar. No final uma cabeçada de Valdivia e um chute de Liedson não foram suficientes pra evitar que o Palmeiras saísse vencedor por 2x1.

Acontece que na rodada seguinte as coisas se reverteram. O Palmeiras, azarado como sempre, tinha o Botafogo em grande fase pela frente e não viu a cor da bola. No jogo em que a zaga fez a pior partida no campeonato, justamente após ter feito uma grande apresentação contra o maior rival, a derrota foi justíssima. Já o Corinthians viu adversários diretos perderem seus jogos e venceu o Grêmio numa atuação desastrosa da arbitragem, daquelas que todos sairam prejudicados.

A vida volta a ser a mesma para os palmeirenses depois de um lampejo de alegria no clássico. Se quando o título não vem, o clássico é o que vale no campeonato, a torcida do Palmeiras pode-se dizer realizada em 50% este ano. Mas é triste conviver com o fato de que se contentar com isso é o bastante.

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