Costumo ser partidário da teoria do "o que vale são os três pontos". Até já falei a respeito aqui mesmo no blog, quando comentei o antológico Santos 4x5 Flamengo. Mas deixarei minha convicção de lado para comentar a estreia do Santos na Libertadores.
Sim, o Santos perdeu para os bolivianos do The Strongest. De virada e com um gol no finalzinho (como ocorrera contra o Palmeiras). Mas há, indiscutivelmente, muitos aspectos positivos a serem pinçados da atuação do time.
Muricy mandou a campo o time em um 4-5-1. Arouca (jogou demais, demais!) e Henrique eram os volantes, Ganso ficou no meio e Ibson e Neymar atuavam pelas pontas; Borges permaneceu como referência no ataque. O esquema até que funcionou bem. O Santos abriu o marcador no começo e, ao longo da primeira etapa, levou mais perigo aos adversários do que foi atacado.
A "consagração" veio na segunda etapa. O Santos pressionou o adversário como, acredito, não fazia desde o primeiro semestre do ano passado. Acabou consagrando a linha defensiva do The Strongest e o desconhecido autor da máxima "quem não faz, toma". Levou um gol no final, quando era nítido que não havia mais pernas para correr na altitude de La Paz.
O fato é que o Santos mostrou cara de time, de uma equipe coesa, apta para encarar desafios de porte nessa Libertadores. Apesar da derrota, terminei a noite confiante.
Um comentário:
Curioso como podem ser diferentes as visões de um mesmo jogo. Eu não vi o Santos pressionando. Vi um primeiro tempo em que foi lá e cá (na categoria santista e correria boliviana), mas o SFC só ia nos contra-ataques. A linha defensiva do "mais forte" é fraca e ingênua (o que foi comentado na transmissão em espanhol que vi), e o Santos podia até ter goleado se não tivesse desperdiçado um caminhão de gols. Mas jogou na defesa e só ia nos contra-ataques. A partir da metade do segundo tempo, foi abdicando até de contra-atacar. E recebeu um merecido castigo no gol bobo que o derrotou.
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