terça-feira, 10 de maio de 2016

O exemplo didático de Eduardo Sasha

A essa hora todo mundo já sabe, mas cabe um resumo rápido: ao comemorar seu gol na final do Gauchão, o colorado Eduardo Sasha arrancou a bandeirinha de escanteio da base e dançou com ela uma valsa, fazendo piada com os 15 anos em que o Grêmio não ganha um título de grande expressão.

A provocação que Sasha fez é o perfeito exemplo de que o futebol pode prosseguir brincalhão, provocativo, animado sem apelar para a incitação à violência ou para coisas que realmente fazem mal à sociedade.

Para compreender isso é muito simples. Sasha fez uma brincadeira meramente ESPORTIVA. Não foi racista, não foi machista, não foi homofóbico nem fez algo com qualquer conotação social.

É muito provável que no próximo Inter x Grêmio em que o tricolor se sair vencedor alguém faça uma provocação lembrando, por exemplo, do Mazembe ou do 5x0 do Brasileiro do ano passado.

E se isso acontecer, merecerá aplausos também.

Não gosto do bordão "o futebol está cada vez mais chato", que volta e meia aparece por aí. Primeiro porque esse tipo de controvérsia sempre existiu (como sempre, na hora de falar do "futebol do passado" as pessoas remetem a um universo perfeito, irreal); e em segundo porque usa-se essa frase para justificar ofensas que realmente merecem ser reprimidas, como as homofóbicas.

Em resumo, o ideal é que o futebol seja "chato" na hora de atacar problemas da sociedade, e "legal" quando enaltecer uma provocação sadia e, principalmente, esportiva em sua essência. Não é algo difícil.


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