Quando começou a leva de processos dos jogadores insatisfeitos com os salários atrasados no Santos, minha postura inicial foi muito simples: defesa ampla, geral e irrestrita dos atletas. Clube (ou qualquer empresa, aliás) que não paga o que promete tem mais é que responder na justiça. Acho que já estamos, todos nós, bem maduros e crescidinhos e nem é preciso gastar linhas explicando que futebol é profissional, que os caras precisam pagar contas e assim por diante.
Mas o que parecia simples foi ganhando contornos estranhos no caso de Aranha. Primeiro com as declarações dele em 21 de janeiro, quando participou de audiência na ocasião. Lá disse que a procura por outros arqueiros - Jeferson, Ochoa e Renan foram publicamente ventilados - deixou claro para ele que o ciclo no Santos já havia se esgotado. Hum.
E hoje, ao se apresentar ao Palmeiras, Aranha falou com todas as letras: "não estou saindo do Santos por causa dos salários atrasados". E voltou a repetir o papo do ciclo em esgotamento - não sem antes, de maneira contraditória, declarar respeito a diretoria e torcida peixeira.
Confesso que acabei não entendendo nada.
Processar um clube que deve salários, como eu já disse, é algo mais do que compreensível. O que é estranho é brigar na justiça com a alegação de que a contratação de outros atletas o afetou. E, dias depois, fechar com um clube que tem um titularíssimo no gol: no caso, Fernando Prass.
Alguém explica?
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