segunda-feira, 5 de agosto de 2019

Eu não sei a escalação do Santos. E isso é bom

Nasci em 1980. Comecei a acompanhar futebol na virada dos anos 80 para os 90. Mas posso dizer que a minha vida "efetiva" de torcedor do Santos se iniciou em 1991. É a partir daquela temporada que lembro com clareza de acompanhar os campeonatos, monitorar as tabelas, saber o desempenho dos adversários, e por aí vai.

E, claro, conhecer o elenco do time e ter na ponta da língua a escalação. O onze daquela temporada vem na mente como um mantra, como um hino: Sérgio; Índio, Pedro Paulo, Luiz Carlos e Flavinho; Bernardo, Axel e Sérgio Manoel; Almir, Paulinho e Cilinho.

De lá até os dias atuais foram tantas outras formações que vão se acumulando - e eventualmente se perdendo, infelizmente - na memória. O time ali formadinho, do goleiro ao atacante final (ponta esquerda nos anos 90, segundo atacante nos 2000, ponta de novo nos últimos anos), com uma exceção ou outra, era conhecido por mim ou por qualquer outro torcedor mais disposto.

Pois bem: chegamos a 2019, ao Santos de Sampaoli, atual líder do Brasileirão.

E eu não sei a escalação do meu time.

Já virou um ritual. Minutos antes da partida, as redes sociais do Santos soltam - eventualmente com alguma gracinha - a formação do dia. Abre-se a partir daí o debate nas redes, no Whatsapp e em qualquer outro espaço: "rapaz, o Aguilar foi pro banco!", "mas o Derlis vai jogar dessa vez?", "vixe, o Cueva nem relacionado foi", "pô,vamos de três zagueiros", e por aí vai.

Não preciso dizer que está dando certo. O Santos é líder do campeonato e mesmo antes de alcançar o topo já estava com um futebol que encantava muita gente. É tudo, menos um time modorrento - as goleadas sofridas conta Ituano, Botafogo de Ribeirão e Palmeiras provam isso.

Curioso ver que o momento desafia algo que costuma ser uma regra no futebol, a busca pelo tal entrosamento. Quando uma equipe está em má fase, é comum que a imprensa resgate as escalações e diga: "o técnico não conseguiu repetir o time duas vezes seguidas em nenhum dos últimos 10 jogos" - e aí pode ser tanto resultado de uma "invencionice" quanto culpa de lesões, suspensões ou vendas, que transformam o treinador da vez de vilão em vítima.

Cabe ressaltar um aspecto importantíssimo para compreender o momento atual do Santos: o apoio da torcida. Sampaoli não estaria fazendo o que faz se não tivesse respaldo. Daí o debate vai para as motivações deste respaldo.

É uma mistura de coisas:

- o efeito novidade: Sampaoli, pro bem ou pro mal, goste-se dele ou não, é uma inovação em nosso futebol. Antes dele o Santos quase fechou com Abel Braga e em 2018 tinha Cuca. Ou seja, ficou na mesmice. Sampaoli veio sacudir tudo. Para um time que não dispõe de fortunas e cuja torcida sabe que os títulos só poderiam vir com algo diferenciado, a proposta se encaixou.

- o espírito do Santos: eu não sou o maior fã disso, quem me conhece sabe, mas o Santos tem sim o tal "DNA ofensivo". A torcida gosta, é fato. Então um técnico que se propõe a jogar pra cima, a buscar o jogo, vai ter mesmo mais suporte que os outros. Nota: muitos técnicos na história recente do Santos, como Jair Ventura, foram criticados por serem "retranqueiros". Crítica injusta. Eles não eram retranqueiros, e sim incompetentes; retranqueiro é quem planeja o time para ficar na defensiva. No caso do Santos de Jair e outros ruins, não havia planejamento tático algum.

E fecho dizendo que, além da escalação, eu não sei quem é o craque do time hoje. Sanchez seria o nome mais natural. Soteldo - a quem critquei bastante no começo - também desponta como um possível indicado a tal, se manter o futebol dos últimos jogos. Mas, honestamente, isso é menos importante.

Nunca ter um time indefinido foi tão bom.

terça-feira, 7 de maio de 2019

Um jogo da terceira divisão do Espanholão



Outra experiência que tive na minha viagem de férias à Espanha foi assistir um jogo da terceira divisão local. A partida foi entre a Cultural Leonesa, o time da cidade de León, e o Salamanca.

A Culural Leonesa é um time bem pequeno, até proporcionalmente inferior à relevância da cidade em que está sediado. Eu confesso que nunca tinha ouvido falar da equipe até viajar à cidade. Pesquisando posteriormente, vi que jogou a primeira divisão da Espanha em uma única ocasião, na temporada 1955/56, e que enfrentou recentemente o Barcelona pela Copa do Rei.

Já o Salamanca, embora tenha um nome mais familiar para nós brasileiros, não é exatamente o mesmo time que esteve na elite espanhola até tempos recentes. Trata-se de um clube novo, que herdou a história do antigo após a falência em 2013.

A experiência de ver um jogo na terceira divisão na Espanha foi marcada por elementos contraditórios, curiosos mesmo, que dificultam o estabelecimento de um pensamento único, um "a tereira divisão espanhola é assim".

Comecemos pelos aspectos mais modernos, mais avançados. O estádio da Cultural Leonesa, o Reino de León, é de qualidade média, digamos assim. A capacidade é de 13 mil torcedores. No contexto espanhol, certamente está entre os piores, o mais fraco de todos os que visitei na viagem. Mas no Brasil, ganha da maioria dos campos (exceção feita, claro, às arenas modernas). Boa acessibilidade, visão do gramado adequada, cadeiras em todos os setores, circulação boa. A camisa da Cultural é belíssima - e o preço, 60 euros, indica que não se trata de um produto "de terceira divisão". Outro aspecto positivo do jogo foi o clima integralmente pacífico. Embora houvesse uma separação formal entre as torcidas, o ambiente estava tão sossegado que nem revista houve na entrada ao estádio.

Já a parte "raiz" vem de vários elementos. A começar pelo placar: tal qual os campos do interior do Brasil, lá as equipes são especificadas como Cultural Leonesa e o épico VISITANTE. Só não dá para dizer que é 100% analógico porque há visor digital no número de gols e também no tempo. A corneta foi também bem tradicional: a torcida da Cultural só abriu a boca para vaiar o time, mesmo com a equipe tendo buscado um empate aos 48 do segundo tempo! Assim que o juiz decretou o fim do jogo, a torcida irrompeu num grito de "FUERA! FUERA!" que preencheu todo o estádio.

Outro componente tradicional foi o comportamento da torcida do Salamanca. Em contraste com a nulidade mostrada pelos adeptos da Cultural, os salmantinos tiveram aquele perfil típico das torcidas visitantes, espremidos num canto e incentivando a equipe o tempo todo. De respeitar.

Falando de futebol, o jogo, como previsto, foi fraco. O Salamanca fez 1x0 em um gol de pênalti e o empate da Cultural veio, como já dito, aos 48 do segundo tempo, num gol de cabeça. As equipes optaram pelo 4-2-3-1 - o esquema da ampla maioria dos times de hoje em dia - mas não encantaram com jogadas ensaiadas, velocidade, individualidade, nada disso. A terceira divisão espanhola está na reta final e Cultural Leonesa e Salamanca não estão na zona do acesso. Ficarão na Série C mais um ano.

Quem gosta de futebol sabe que ver uma partida no estádio é sempre uma experiência bacana. Quando se soma o contexto da partida com o conhecimento de uma nova realidade (e o ambiente de viagem!), fica tudo melhor ainda.

sábado, 4 de maio de 2019

Futebol nas Astúrias

Passei minhas férias de 2019 na Espanha. Fiquei baseado na cidade de León e fui fazendo passeios a outros lugares. Dois deles foram às principais cidades das Astúrias (um "estado" da Espanha), Oviedo e Gijón. Meu roteiro contemplou o básico do turismo nos dois locais e, claro, aproveitei pra incluir futebol na parada. Visitei os estádios dos arquirrivais Real Oviedo e Sporting Gijón, e tive duas experiências bem bacanas.

O primeiro passeio foi em Oviedo, onde conheci o estádio Carlos Tartiere. Sim, a gente sabe que a Espanha é um país rico e que é natural que os estádios sejam melhores do que os brasileiros, mas ainda assim não deixa de ser um pouco chocante ver que um time pequeno (o Real Oviedo fica oscilando entre a primeira e a segunda da Espanha, ultimamente mais no andar de baixo do que no de cima), de uma cidade de menos de 230 mil habitantes consiga ter uma arena bacana, para 30 mil torcedores, e que costuma ter ocupação superior a 50%.

(quando comentei que meu time, o Santos, costuma jogar para 5 ou 6 mil pessoas, as pessoas ficaram em estado de choque...)

Além de o estádio em si ser muito legal, a visita foi muito rica. Inclui a circulação pelas estruturas do campo e também uma passagem pelo museu do clube. No dia da minha visita, fui guiado pelo Miguel, assessor de imprensa do clube. E não teria como ser melhor! Além de ser um cara muito simpático e educado, o Miguel é, indiscutivelmente, um apaixonado pelo Real Oviedo. Fala do clube com uma convicção empolgante, complementa as histórias eom detalhes interessantíssimos, consegue colocar o visitante em contato com a alma do clube.

Entre as diversas histórias relatadas, a mais saborosa, sem dúvida, é a relacionada com a foto que vai aqui ao lado. Na temporada de 1931, o Sporting Gijón fazia boa campanha na Segunda Divisão e estava com tudo encaminhado para o acesso. Seria o primeiro time das Astúrias a chegar na elite espanhola. Só precisava ganhar mais um jogo para realizar o sonho. E esse jogo seria justamente em casa, contra o Real Oviedo. Na ocasião, o Oviedo já não tinha mais pretensões no campeonato; não tinha risco de cair e nem chances de subir. Com o adversário apenas cumprindo tabela, as coisas ficaram fáceis para o Sporting, certo? Que nada! O Oviedo se superou e fez 3x1. Com isso, o Gijón não apenas deixou de subir, como ficou mais um tempão na Série B. E a façanha de ser o primeiro time das Astúrias na elite ficaria com o próprio Oviedo, anos depois. Achei um exemplo espetacular daquele espírito de sacanagem que só o futebol pode proporcionar.

O orgulho com a história é tão grande que o jogo acabou por receber destaque no museu do Real Oviedo!

Um personagem que recebe muito destaque no museu é Isidro Langara (de quem, vergonhosamente, eu nunca tinha ouvido falar). Ele é o maior craque da história do clube e tem também histórico na seleção espanhola - jogou a Copa de 1934 e foi autor de um dos gols da vitória de seu time sobre o Brasil.

Já em Gijón, a visita foi também muito interessante. A começar pelo estádio em si. O El Molinón tem algo que eu nunca vi em estádio nenhum, nem no Brasil e nem na Europa - a parte inferior é ocupada quase que integralmente por estabelecimentos comerciais, como restaurantes, escritórios de diferentes atividades, academia de ginástica e até mesmo um supermercado! Vejam na foto ao lado. Quando fui, na hora do almoço de uma sexta-feira, os bares e restaurantes estavam bem ocupados, por pessoas que estavam ali para tomar uma cerveja ou fazer a refeição.

O estádio em si é de primeira linha; se fosse instalado aqui no Brasil, certamente seria mencionado entre os melhores do país. A capacidade é para 30 mil torcedores e a visibilidade que se tem de qualquer ponto é perfeita. Os ingressos não figuram entre os mais caros, com bilhetes na casa dos 25 euros, e a ocupação costuma também ser bem elevada.

Assim como em Oviedo, faz-se ainda um passeio pelo museu do clube. O El Molinón é considerado o estádio mais antigo da Espanha e sediou jogos da Copa de 1982. Passou por reformulações ao longo dos anos e, como já dito, é hoje um campo de primeiro mundo.

Tanto em Oviedo quanto em Gijón algo a ser destacado é a paixão pelo futebol que as cidades exalam. Não fiquei muito tempo em nenhuma delas, mas ainda no breve período que passei notei muitas camisas, bandeiras, referências diversas em diversos pontos. É uma atmosfera bem bacana e chamativa até porque, como já dito, nem Sporting e nem Real Oviedo figuram entre os times grandes, e não detêm muitas façanhas dentro de campo para ostentar. Mas conseguiram construir um patrimônio material bem decente e um histórico que ajuda a engrandecer o futebol.

Informações práticas
A visita ao estádio do Real Oviedo custou 5 euros, e a do Sporting Gijon ficou por 7. Eu agendei as duas antecipadamente, por email (visitas@realoviedo.es, elmolinontour@realsporting.com). Os tours acontecem em horário comercial e são influenciados pela realização de jogos e outros eventos. Tanto o Carlos Tartiere quanto o El Molinón ficam distantes das regiões centrais de suas cidades - ou seja, para quem estiver fazendo turismo e quiser combinar o passeio com outros pontos, o táxi será necessário.

segunda-feira, 26 de novembro de 2018

A culpa é minha, a culpa é sua

Dois fatos do futebol do fim de semana recém-encerrado: o tumulto que impediu a realização da final da Libertadores e a despedida de Renato, volante do Santos, dos gramados.

O primeiro evento, claro, reuniu muito mais holofotes do que o segundo. Por ser uma final continental da maior competição com a maior rivalidade do continente, pelo adiamento do primeiro jogo, pela boa qualidade do espetáculo quando a bola rolou. E, claro, para que se debata a selvageria promovida pela torcida do River Plate e suas consequências (até agora não sabidas).

Do segundo poucos ouviram falar, à exceção dos santistas. E o motivo disso é justamente o que quero abordar nesse post. Um total de 4.591 pagantes prestigiou a despedida daquele que seguramente é um dos maiores ídolos da história recente do clube, e seu terceiro maior volante.

Agora uno as duas ocorrências. Claro que o vexame em Buenos Aires é mais chamativo (justamente por ser mais grave), mas não creio ser pouco importante abordar o fracasso que foi o Santos FC, um dos maiores clubes do país, nona-décima maior torcida do país, não conseguir ter cinco mil pessoas para ver o adeus de Renato.

O que quero destacar é que nos dois casos é conveniente colocar a culpa em entidades sobrenaturais, como os "dirigentes", a "polícia", os "comandantes" do futebol, que não conseguem coordenar a segurança, tornar o espetáculo seguro e atrativo, enfim, fazer a roda do futebol girar com mais qualidade.

Porém, apesar de todo esse quadro ser verdadeiro, não dá pra tirar a culpa de gente como... eu e você. Pessoas normais. Fãs do futebol, em maior ou menor escala. Foi um de nós que jogou pedra no ônibus do Boca Juniors. Foi um de nós que ficou com preguiça de ir à Vila e prestigiar Renato. Os "uns de nós" têm dado, a cada dia, sua contribuição para as coisas ruins do futebol. Vamos esquecer de culpar apenas as entidades superioras, amorfas e anônimas.

segunda-feira, 19 de novembro de 2018

"Manda todo mundo embora"

Quando, no ano passado, o Santos demitiu Dorival Júnior, eu escrevi aqui que a queda do treinador representava mais do que uma demissão; mostrava que, no futebol, o que precisa ser feito dá certo. Afinal, o Santos tinha seguido a receita idealizada por todo mundo e acabou dando com os burros n'água.

Agora, nesta reta final de 2018, o horizonte guarda algumas semelhanças. A temporada foi uma montanha-russa para o Santos. Começou ruim, ficou péssima, tornou-se boa e acaba fraca. Vamos ficar numa pontuação condizente com que esperávamos no começo do campeonato. E que não é nem um pouco digna do Santos.

Erros de planejamento - seja lá o que isso quer dizer - explicam, claro, o quadro. O Santos errou em trazer Jair Ventura? Não, claro que não. Ele vinha referendado por um bom trabalho no Botafogo. E a gente não diz que a mesmice de técnicos é um problema sério? O erro esteve em insistir nele. Pior: em não demiti-lo antes da Copa do Mundo, o que daria tempo para o subtituto treinar a equipe.

Cuca chegou, arrumou o time, fez com que a gente lamentasse menos tempo pro trabalho, mas quando a coisa parecia evoluir, veio a má fase atual. Quatro derrotas seguidas é algo que o Santos não pode aceitar em circunstância alguma - ainda mais quando dois dos adversários são Chapecoense e América-MG...

Por isso o título do post. O que parecia um trabalho engatado se mostrou uma baita incógnita, com mais potencialidades negativas do que positivas. Além disso, espera-se um grande desmonte no elenco.

Tudo isso, somado às intriguinhas extracampo que estão marcando a atual passagem de Cuca, dão vontade de que ele siga seu rumo e o Santos escolha o dele. A tempo de termos um 2019 melhor.

terça-feira, 23 de outubro de 2018

O Natal santista é também uma época para remoer um debate eterno

Hoje, 23 de setembro, é aniversário de Pelé. O maior jogador da história do Santos FC e do futebol como um todo chega aos 78 anos. Já não esbanja a saúde de antes, mas, torçamos, vai ficar muito tempo entre nós. Nunca tive a oportunidade de estar pessoalmente com Pelé, mas já fui a jogos na Vila Belmiro em que ele estava em sua tribuna, e foi anunciado via altos-falantes no estádio. Vê-lo ao longe, dando tchauzinho, já foi uma experiência bacana, sem dúvidas.

Mas a figura de Pelé é algo um tanto quanto controverso para o Santos. Ou melhor: não o jogador Pelé, não o que ele construiu dentro de campo, e sim depois disso.

Por muito tempo, especialmente nos anos 1990, havia um certo consenso entre os santistas de que Pelé "não ajudava o Santos". A ótica era a seguinte: Pelé era um ídolo global, milionário; o Santos, quebrado, na fila de títulos. Nada mais lógico, então, do que Pelé "ajudar" o Santos a se reerguer. O raciocínio, porém, esbarrava no óbvio: o que era esse "ajudar"? E por que Pelé deveria se preocupar, individualmente, em corrigir erros causados por dirigentes incompetentes?

Os anos passaram, esse quadro mudou, mas o que entrou no lugar dele foi um debate igualmente chato e, principalmente, confuso. A crítica da vez era de que o Santos não sabia explorar comercialmente a figura de Pelé. Pelo fato de Pelé ser o maior atleta da história do esporte mais popular do planeta, o Santos teria em suas mãos uma mina de ouro; bastaria trabalhar bem sobre ela para avançar na "internacionalização" da marca e ganhar dinheiro.

A questão é que ninguém sabe direito o que isso quer dizer. Como santista, digo que realmente é um pouco frustrante ver que Pelé e Santos não são tão associados como deveriam. Carrego uma certa inveja da idolatria que os flamenguistas têm com Zico; e chama a atenção ver que o mosaico que os torcedores fizeram recentemente contra o Corinthians tenha sido o primeiro em homenagem ao Rei do Futebol, salvo engano meu.

Mas o tal marketing tão apregoado por torcedores segue sendo um componente vago, impreciso. De tal modo que fica difícil saber até que ponto é mera incompetência do Santos, ou se não haveria muito o que avançar.

De todo modo, o que espero, como torcedor, é curtir a figura de Pelé o máximo possível. E que iniciativas espontâneas como o mosaico se repitam cada vez mais. Vejo que a torcida celebra mais Pelé do que fazia no passado. Que assim continue, e se incremente.

Vida longa ao Rei!

terça-feira, 16 de outubro de 2018

Meia-boca

O Santos venceu o Corinthians por 1x0, jogando mal.

Antes disso, tinha vencido o Vitória por 1x0, jogando mal.

E ainda antes disso, tinha vencido o Atlético-PR por 1x0, jogando mal.

A sequência de três jogos, com nove pontos somados, três gols marcados, nenhum sofrido e três atuações tristes deve ser única na história do clube.

Sou fã do futebol de resultados, quem me conhece sabe. Mas um pouquinho de desempenho não faria mal nenhum. Ainda mais nas circunstâncias de sábado - sim, era um clássico; mas se o Corinthians titular não é grande coisa, ainda mais o reserva, com a cabeça de todos voltada à final da Copa do Brasil. Sem contar que a torcida era única, a nossa.

Pensar em Libertadores 2019 não é um devaneio. O Santos está a quatro pontos do Atlético-MG, com nove rodadas a serem disputadas, e um confronto direto no meio do caminho - e essa partida tem mando santista. Além disso, o Galo está longe de ser um time dos mais confiáveis.

Mas evoluir será necessário para almejar mais nesse Brasileirão.