Em 2011, escrevi aqui um post falando sobre o Superclássico das Américas, entre Brasil x Argentina, e o tanto que aquele duelo tinha de coisas bacanas - jogos no Brasil e na Argentina (não em Londres ou Madri), fortalecimento de uma rivalidade, oportunidade na seleção para jogadores "locais", etc., etc...
Pois bem: depois daquilo, o Superclássico naquele molde teve apenas uma edição, em 2012. Não foi disputado em 2013 e, agora, será jogado... em partida única, na China, com jogadores que atuam na Europa.
Ou seja, o que tinha aparecido como uma boa oportunidade de ser um fôlego para a seleção brasileira e uma oportunidade para ampliar o vínculo entre torcedores e a amarelinha acabou virando mais um genérico "amistoso da seleção", como tantos que há ao longo dos anos, e que pouco entusiasmo despertam.
Algumas razões para a modificação são compreensíveis. A maior delas, o dinheiro. Além disso, o Superclássico no modelo 2011-2012, ao excluir os jogadores "europeus", nos tirava a oportunidade de ver Messi, Neymar e as outras maiores estrelas de Brasil e Argentina.
OK, OK. Mas será que, após uma Copa traumática, o vínculo entre torcedores e seleção será firmado com um jogo do outro lado do mundo? Será que a artificialidade desse tipo de duelo é mesmo do que precisávamos? E será que - e esse talvez seja o componente mais importante - vale a pena retirar jogadores do Brasileirão para jogar uma partida que não vale nada?
O Superclássico parecia um respiro. Mas acabou se tornando mais um caça-níquel irritante. E a antipatia para com a seleção só cresce.
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